-> O sonho de Lalinha, personagem de Glória
Menezes, se materializou e, no momento, o AMA é o centro cultural mais
badalado do Leblon de Manoel Carlos. Tanto na ficção quanto na
realidade, foi preciso tempo e dedicação para que o projeto saísse do
papel e se tornasse viável. Na trama, a obra durou três anos. E na vida
“real”, mais precisamente nas cidades cenográficas da Central Globo de
Produção, a obra deste cenário tão importante levou um mês para ficar
pronta. Engana-se quem pensa que foi uma obrinha de nada.
O cenário do AMA exigiu muita mão-de-obra para que ficasse
pronto nesse tempo recorde. Sob a batuta dos cenógrafos Mário Monteiro e
Gilson Moura, cem funcionários trabalharam dia e noite para levantar o
prédio, construído numa área de 1400 metros quadrados, aproximadamente.
Segundo Mário, a construção, toda feita em estrutura metálica, exigiu o
trabalho de uma equipe de engenheiros, que cuidou da fundação do prédio.
“É quase um edifício real”, diz Mário, que criou o projeto cenográfico
tendo um prédio do Leblon como base.
Do Leblon para o Projac -> “Fotografamos
a fachada de um edifício e construímos algo similar. Na novela,
primeiro mostramos o prédio como se estivesse sendo reformado para
abrigar o AMA. Depois, mostramos o prédio já pronto.” Além de ser fiel
ao texto do autor da novela, o pessoal da cenografia teve que pensar
também nos seus colegas da técnica, porque o cenário, antes de mais
nada, tinha que viabilizar as gravações: “Temos sempre que pensar, por
exemplo, em espaço para as câmaras e nos diversos ambientes, dando
possibilidades aos diretores”.
O trabalho da produção de arte -> Construído
o cenário, entra em cena a produção de arte. Para produzir o café do
Leandro, um dos vários ambientes do AMA, o pessoal da arte se inspirou
nos cafés dos museus europeus, que, além de venderem o básico cafezinho,
também oferecem livros, CDs, mousepads, canecas e diversos outros
produtos. No AMA tem tudo isso, sendo que cada objeto traz a marca do
centro cultural impressa. E para o café do mezanino, em estilo japonês, a
produtora de arte Fernanda Bedran, da equipe de Tiza de Oliveira,
providenciou pratos pretos e quadrados, além de guardanapos decorados
com origamis, para dar aquele arzinho oriental. A idéia é que
tudo fique o mais real possível e o AMA se pareça mesmo com uma casa de
cultura. A produção de arte, então, pensa nos mínimos detalhes: desde os
fôlderes que ficam na recepção até a decoração da sala da bailarina
Elisa Martins. “Fomos à casa de Ana Botafogo e reproduzimos fotos do seu
arquivo pessoal. Daí, fizemos um painel plotado cheio de imagens
antigas, para decorar sua sala na trama”, conta Fernanda, que ainda
cuida das exposições do AMA.
0 Comentários