Cidade cenográfica foi construída em 360° e tem 73 casas, feira típica e
ruas que remetem a Salvador dos anos 60 e 70; tudo isso dentro dos
Estúdios Globo no Rio.
Levar o Sertão do Nordeste para o Rio de Janeiro certamente não é uma
tarefa fácil. Mas isso foi o que fez a equipe de cenografia de
Velho Chico.
Com a ideia de transportar universo que foi encontrado nas gravações
externas às margens do rio São Francisco para os Estúdios Globo e
encantar o telespectador com as mais belas e fiéis paisagens, foi
montada uma grande cidade cenográfica em 360° caprichada em detalhes
vindos do Nordeste.
“Todo o material a gente fez com o mesmo princípio: como começamos a
gravar pelas externas, a gente fez um levantamento muito grande de
pesquisa, de trabalhadores locais. Por exemplo, na feira, a gente
construiu barracas, só que barganhamos com os feirantes locais pelas
deles. Então fomos viajando com muito material nosso, que a gente
produziu aqui, a fim de manter essa troca. Até para o próprio paisagismo
da cidade cenográfica trouxemos material lá da Bahia. Todos os cactos
são de lá, árvores típicas da região estão aqui, toda a cerca de
pau-do-mato... Veio muita coisa para conseguirmos criar essa atmosfera”,
conta Danielly Ramos, cenógrafa de da novela.
“A minha orientação foi que não construíssemos nada. Deveríamos
restaurar. A maioria das coisas que vocês estão vendo estava no chão”,
completa o diretor artístico de Velho Chico, Luiz Fernando Carvalho.
Muito do cenário do
Vilarejo de Grotas foi inspirado em
imagens da fotógrafa inglesa naturalizada brasileira Maureen Bisilliat.
Lá estão lugares importantes como a igreja, o armazém do
Chico Criatura (
Gésio Amadeu),
e também uma área mais comercial com cartório e correios, casas mais
rurais e a feira local. “Esse é um cantinho mais mágico dos
representantes mais ribeirinhos”, destaca Danielly, que completa:
“Montamos sets em 12 casinhas, mas todas as 73 são capazes de receber
gravações. Além disso, temos um canto na cidade cenográfica que
representa a cidade de Salvador, retratando a
Tropicália. O universo do
Afrânio (
Rodrigo Santoro) naquela época, esse momento libertino dele, foi tratado lá”.
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