A Capital Capixaba no Brasil Império

 

 

A Cidade de Vitória Capital da Província do Espírito Santo , no século XIX, era uma cidade de casarios coloniais e ruas e ladeiras escuras e estreitas. Nela, e em seus arredores, se concentrava a maior parte dos capixabas, que conviviam nos caminhos de terra e do mar.
 
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A data de emancipação política do município é 24 de fevereiro de 1823, quando um Decreto-Lei Imperial concedeu Fórum de Cidade a Vitória.
 
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Em função da ocupação dos morros, que refletem as luzes das casas nas águas da baía, Vitória passou a ser chamada de "Cidade Presépio do Brasil" e depois "Delícia de Ilha".
 
 
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Em 1860 por ocasião da visita do Imperador Dom Pedro II a cidade, a população pouco excedia a cifra de cinco mil habitantes, vivendo a maioria com o produto da pesca.
Em plano de destaque, projetava-se a principal construção, oantigo Colégio dos Jesuítas, grande quadrilátero, liso, de dois pavimentos, adaptados para Palácio da Presidência. Comportava a respectiva Secretaria; um colégio de instrução literária, o Liceu, a Tesouraria da Fazenda; a Administração do Correio; o Armazém de Artigos Bélicos e a Biblioteca Pública.
 
No final do século XIX, o Estado estava em um momento especialmente promissor, pois o café, principal produto de exportação encontrava-se com o valor da saca nas alturas, aumentando em cinco vezes a receita estadual através da arrecadação de impostos.
 
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O século XIX pode ser dedicado aos imigrantes italianos e alemães que chegaram aos milhares na província e depois no Estado para trabalhar em pequenas propriedades e produzir café. Muitos desses imigrantes e seus descendentes se estabeleceram em Vitória como comerciantes, empregados no comércio ou em casas de família, além de prestadores de serviços variados. Também não podem ser esquecidos os grandes fazendeiros, enriquecidos também com o café.
É na década de 1880 que o porto de vitória inicia o contato com portos estrangeiros, o que muito anima os políticos e passa a ditar o tom dos discursos modernizantes. Esse espírito é acompanhado das expectativas acerca da criação da Estrada de Ferro Victoria à Natividade, que deveria ligar Vitória a produção no interior e em Minas Gerais, centralizando assim em Vitória o escoamento da produção da região do vale do Rio Doce e entregando à cidade o seu “futuro prometido”
Inspirado nas reformas urbanistas de Paris, já em 1888, o mangue do Campinho (Parque Moscoso), e o Vais de São Francisco estavam totalmente aterrados e era local onde os moradores próximos organizavam as concorridíssimas festas juninas.
 
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No ano de 1890 a população de Vitória era de 17.000 habitantes.
A primeira notícia sobre a iluminação das ruas de Vitória vem-nos através do orçamento de 1832, em que se consigna a verba de 600$000, por ano, para iluminação. José Tomás de Araújo,em 1837, inaugura esse serviço com 40 lampiões a azeite de peixe, distribuídos principalmente pelas esquinas e edifícios públicos. Em 1865 substitui-se o azeite pelo querosene, já com outros contratantes. Em 1879, o futuro Barão de Monjardim, em exercício de Presidente, inaugura a iluminação a gás. Do gás, passou-se ao querosene e desse, à eletricidade.
 
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No final do século XIX, principalmente por causa da produção cafeeira, o Brasil, e o Espírito Santo, em particular, passaram por profundas transformações. Acelerou-se o processo de urbanização, expandiram-se os setores secundário e terciário da economia (indústria e serviços) e a agricultura tradicional do Vale do Paraíba e nordestina estava em plena decadência.
 
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A região de São Paulo transformou-se no centro econômico do país, suplantando até mesmo a capital do Império, o Rio de Janeiro. Com isso, as elites passaram a desejar mudanças radicais, identificando-se com o projeto dos republicanos, sobretudo no que diz respeito à instalação do federalismo, que garantiria uma maior autonomia das províncias, em contraste com o centralismo do Império.
 
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A notícia da Proclamação da República chegou a Vitória na tarde do mesmo dia. Na capital do Estado não houve qualquer tipo de manifestação, a favor ou contra. Em Cachoeiro do Itapemirim, no entanto, os republicanos promoveram passeatas em comemoração.
 
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